Ao falarmos destas três grandes lojas virtuais, existem duas coisas que podemos aderir a elas, uma variedade de produtos e preços baixos. Os e-commerces da China e do Sudeste Asiático que ganharam o gosto dos clientes brasileiros nos últimos anos, especialmente durante a pandemia em que o isolamento social era obrigatório e as compras onlines ganharam muito mais destaque.
Embora a primeira vista possa causar estranhamento por parte dos internautas brasileiros, como o visual poluído, com bastante pop-ups prometendo preços entre 50% e 80% mais baixos, além de promoções com horas para acabar e em alguns casos descontos jogando jogos online, diversos brasileiros adotaram a prática da compra online por meio destas plataformas como principal fonte de consumo.
Segundo o “Shein’s Playbook in Brazil”, um estudo feito pelo banco de investimentos BTG Pactual, a Shein fatura em média R$ 2 bilhões no Brasil, seu tamanho já é comparável ao da Hering, uma tradicional marca brasileira.
A Shopee, que chegou ao Brasil em 2019, também apresenta enorme crescimento. Em pesquisa divulgada pelo marketplace, cerca de dois milhões de lojistas brasileiros estão cadastrados na plataforma.
O AliExpress emobra não revele o número de sellers cadastrados no Brasil, apenas no primeiro semestre de 2021 movimentaram R$ 118,6 bilhões em vendas virtuais, segundo a Nielsen IQ Ebit.
Shopee

A Shopee é uma plataforma do grupo Sea Group (uma empresa de Singapura que explora a internet para oferecer vantagens aos consumidores. (uma curiosidade: o primeiro pais, fora da Ásia a ter o comércio eletrônico singapurense, foi o Brasil.)
Ela conta com uma plataforma que vende artigos das mais variadas categorias. É possível encontrar roupas, calçados femininos e masculinos, bolsas, celulares, computadores, câmeras, relógios, itens de casa e decoração, eletrodomésticos, livros, revistas, alimentos, bebidas etc.
Assim como a Shein, a Shopee oferece produtos a preços baixos e diversas opções de desconto. Frete grátis, promoções diárias e ofertas relâmpago são algumas maneiras de economizar.
Completados dois anos desde que passou a incluir vendedores brasileiros no marketplace, a Shopee acaba de divulgar uma pesquisa sobre o crescimento da plataforma no país.
A pesquisa revela que a plataforma atraiu mais de 428.000 vendedores que não comercializavam online durante o período de pandemia e que, hoje, as vendas por meio do aplicativo são a principal fonte de renda para 304.000 pessoas.
A pesquisa aponta ainda que três em cada dez empreendedores conseguiram expandir suas operações para outras regiões do país por meio da plataforma. Isso, diz a empresa, se deve à logística de entregas em âmbito nacional e a benefícios como cupons de frete grátis, que atraem mais consumidores.
Avaliação dos clientes Chope
Segundo a avaliação nos últimos dez meses feita pelos clientes na plataforma Reclame Aqui, a nota da Shopee no site foi 7.4, o que é considerado bom. O desempenho do comércio online foi avaliado e cerca de 99% das reclamações foram respondidas pela empresa, e pouco mais de 75% dos problemas dos clientes foram solucionados.
Os principais problemas que se foram relatados por consumidores, estão em: estorno do valor pago, atraso na entrega e produtos errados. Quanto às categorias, os clientes citaram problemas nas compras de eletrônicos, acessórios para celulares e computadores e moda feminina.
Shein
A Shein foi fundada em 2012, e tornou-se um dos maiores nomes de lojas virtuais do mundo. Com cerca de 10 mil funcionários e vendendo para mais de 150 países, a Shein usa um software para acompanhar as vendas e se comunicar com as fábricas em tempo real para fazer pedidos em pequenos lotes. Um dos destaques é a grande quantidade de cupons de desconto oferecidos pela loja.
Em um momento onde o setor varejista enfrenta muitas dificuldades no Brasil, a Shein, assim como as outras lojas, simplesmente cresceu mais do que o normal em 2021. No período da Black Friday, em novembro, a marca teve alta de mais de 25% em downloads, saindo na frente de grandes varejistas de moda nacionais.
Abrindo ainda mais vantagem competitiva, a Shein também teve alta no número de usuários diários ativos no aplicativo, com um crescimento de 12% em relação ao mês anterior.
A empresa se diz comprometida em tornar a beleza da moda mais acessível para todo mundo, através da tecnologia de fabricação sob demanda que conecta fornecedores à cadeia de suprimentos ágil. Isso faz com que o desperdício de estoque seja reduzido e um maior fornecimento de variedade de produtos.
Em suas plataformas é possível encontrar produtos femininos, masculinos, infantis e artigos para casa e beleza. Cada seção é dividida em subcategorias, como roupas, acessórios, artigos de praia, sapatos, itens de cuidados pessoais, além de peças de decoração e organização.
Avaliação dos clientes Shein
A plataforma apesar de seu tamanho, enfrenta algumas dificuldades no Brasil como o tempo de demora para entregar os produtos. Segundo o site da empresa, o prazo para que os produtos cheguem em território brasileiro é de 20 a 28 dias.
As avaliações de clientes no Reclame Aqui, nos últimos dez meses, mostra que a reputação da Shein foi considerada ótima, com nota 8.1. Mais de 99% das reclamações foram respondidas e quase 80% dos problemas, resolvidos.
As principais críticas são relacionadas ao atraso na entrega, produtos não recebidos, problemas com o atendimento e estorno do valor pago.
AliExpress
O e-commerce e marketplace, foi fundado em 2010 pelo famoso Grupo Alibaba (focado em vendas e pagamentos on-line B2B, ou seja, destinados ao consumidor final).
Para o Brasil, a AliExpress lançou sua versão em português só em 2013. Não demorou muito para que o comércio virtual conquistasse os brasileiros.
Assim como a Shopee, a AliExpress vende produtos próprios e, também, de lojas parceiras, as mercadorias, ainda, podem ser provenientes de todo o mundo, ampliando ainda mais as possibilidades de compras dos consumidores.
Atualmente, são mais de 100 milhões de produtos com preços acessíveis e vendas para mais de 200 países. A plataforma também conta com atendimento 24 horas e a navegação no site está disponível em 12 idiomas diferentes.
Com sede no centro de negócios de São Paulo, a equipa local do AliExpress configurou redes de pagamento digital e logística local para apoiar a sua expansão em todo o país.
Ao usar da logística internacional do Alibaba, Cainiao Network, a plataforma juntou forças com uma dúzia de parceiros locais da Cainiao para fornecer serviços de entrega em todo o país.
O AliExpress também fez parceria com o braço de pagamento digital da Alibaba, Alipay, para apoiar as empresas na criação de contas, pagamentos e levantamentos em moeda local, o que significa um fluxo de caixa melhor e mais rápido para os vendedores brasileiros.
A plataforma também oferece treino online em larga escala para os seus comerciantes recém-integrado, onde executivos e especialistas em e-commerce podem partilhar dicas e know-how com os participantes.
Avaliação dos clientes Ali Express
O AliExpress tem uma reputação do e-commerce no Reclame Aqui, conforme o site, a empresa obteve nota 5.6 nos últimos dez meses, o que é considerado ruim nos padrões da plataforma, pois embora a empresa tenha respondido todas as reclamações, resolveu apenas 50% dos problemas.
Questões como atraso na entrega, estorno do valor pago e produto não recebido aparecem entre as queixas dos clientes. Ainda de acordo com o Reclame Aqui, as categorias que mais causaram insatisfação nos consumidores foram as de eletroeletrônicos, informática e acessórios para celulares.